VESSEL OFFSETS

Leituras dos Afastamentos de Sensores em embarcações

 

The Lever Arm Measurements 

É de grande relevância saber com exatidão, quais são as distâncias de cada componente (sensor) quando fixado em uma embarcação de pesquisa . Informações produzidas, exclusivas, por sua posição, e relevância para cada classificação de dados oriundos desses sensores, a qualidade de como as distâncias foram produzidas é marco inicial.

Sensores de leitura hidrográfica, batimétrica, ou oceanográfica mantém seus sensores posicionados em  pontos conhecidos dentro da embarcação e deverão estar bem documentados, de forma a oferecer exatidão e qualidade da info da sua posição  em união com os sistemas de aquisição de dados. 

O Sistema de Referência Central da Embarcação é o local que, quando bem escolhido, traz a referência de posição de todos os equipamentos, estes, devidamente  bem fixados na sua posição de trabalho, montados permanentemente. As distâncias devem ser compreendidas e não pode haver o acumulo de tolerâncias das medições entre esses dispositivos, bem como deve haver o conhecimento correto do local da saída de eixos desses dispositivos, assim chamamos de “ offset “, ou ainda survey offset.

O Ponto Central de Referência (PCR) ou Ponto de Referência da Embarcação (PRE) é aquele ponto que o pesquisador escolhe para ser a origem da grade X e Y que definirá a relação horizontal entre todos os sensores.  A referência vertical ou ponto de Z pode ser a linha d’água ou outra referência vertical lógica.

Geralmente, o PCR corresponde ao centro de gravidade ou rotação da embarcação.  Todos os sensores devem ter sua relação física entre si medida e inseridas no software de coleta de dados ou no software de processamento.   Todos as distâncias, entre sensores, são definidas por um deslocamento X, Y e Z a partir de um ponto de referência (PCR).

Na maioria dos softwares de pesquisa, o eixo X é executado de forma atrativa, ou seja, de lado de Boreste   a  Bombordo.   O eixo Y corre alinhado de proa à popa (alguns softwares podem inverter esses eixos). O eixo Z percorre perpendicularmente a referência.  A origem está geralmente localizada no centro de gravidade ou centro de rotação da embarcação.  A convenção do sinal é padrão para um plano cartesiano, traduzido para uma embarcação sendo: estibordo do ponto de referência é positivo, frente do ponto de referência é positivo.  O sinal para Z pode ser diferente, dependendo do software de coleta ou processamento de dados.

Para efeito de melhores condições de leitura dessas distâncias, a embarcação deverá ser posicionada (docada a seco) em um suporte rígido para que possa ser medida com muita precisão usando equipamentos de pesquisa terrestre padrão, como Estações Totais, sendo recomendado o uso de Estações Robóticas.

Preferencialmente as medições devem trazer uma dupla checagem, ou seja, é realizado um giro de 180º vertical na luneta da estação e um segundo giro de outro 180 é realizado de forma horizontal de forma que a medição do sensor tenha uma segunda leitura do mesmo ponto estacionado do equipamento, havendo discrepâncias que podem ser consideradas desprezíveis com a medição na direção oposta realizada, assim então,  os deslocamentos serão considerados aceitáveis.

Se houver uma pequena discordância nas medidas, duas leituras (mínimo) ou mais leituras, estas leituras devem ser recalculadas em média.  Se houver uma grande discordância, o processo deve ser repetido.

As medições do prumo vertical ou das distâncias em Z, são necessárias.  O prumo também permitirá medições mais precisas na direção X e Y ao transpô-los de um convés para o outro.  Assim sendo, se a embarcação não estiver em bom estado de conservação, haverá grandes distorções, a posição de repouso pode ser um fator de erros nas leituras. 

Outro fator que deve ser levado em consideração é a condição da carga oscilante que influenciará no deslocamento vertical do calado da embarcação, pois essa distância não é uma constante. O volume de combustível a bordo e o número de pessoas presentes ou não durante a leituras podem influir na posição final de Z.  

“A filosofia principal é a determinar com maior precisão a distância no eixo Z do sensor de leitura de profundidades diante das próprias profundidades obtidas.”

As distâncias no plano X e Y permanecem as mesmas sempre, levando em conta que os sensores estão fixados e não sofrem deslocamentos, entretanto, o eixo Z não mantem sua posição completamente fixa a depender do consumo de combustível e de outros fatores como o consume de água e a água presente ou não nos porões da embarcação. Uma marcação de referência deve ser posicionada na haste, informando a distância entre o eixo do sensor de leitura de profundidade e um ponto a ser escolhido. Após um período de levantamento hidrográfico essas distâncias devem ser lidas novamente para saber se houve deslocamentos verticais.

 Em algumas embarcações é aconselhável fazer leituras de calado durante a vistoria ou imediatamente após a conclusão do levantamento, pois a altura de calado não é uma constante. Todas as informações de deslocamento devem manter um registro em conjunto com as atividades desenvolvidas do levantamento.